Série Antropologia da Face Gloriosa (que só termina com o fim do carnaval) #3

31/01/2010

foto e boneco para trabalho de oficina de fotografia

Mais doce que o doce de batata doce é o doce do palhacinho. Ele ficou só no carnaval e comeu doce doce doce como o mel, bebeu muito e virou uma manteiga derretida. Ainda não postei os vídeos retratos, mas ele vai vomitar a qualquer momento.

Lubambo.

o intérprete.

18/01/2010



O ator interpreta, foge à condição de intérprete e se atém ao público, que interpreta assumindo a posição do ator. O ator dispõe e emite, o público recebe e traduz. O público interpreta, foge à condição de intérprete e se atém ao ator. O ator produz a obra, o pintor, o leitor, o mundo, produz a obra. Atém-se ao mundo. O mundo interpreta, foge à condição de intérprete e se atém ao individuo, que interpreta assumindo a posição de autor.

Hannah.

Ballet Mécanique (ou Visual Music de 1923)

15/12/2009

“A adaptação ao grupo e à linguagem simbólica supõe as mesmas etapas, percorridas na mesma ordem, que a adaptação egocêntrica ao mundo exterior. Refletir em ações, em imagens, em palavras ou em noções apresenta as mesmas dificuldades lógicas. Todo pensamento oscila entre a adaptação do eu ao real e do real ao eu; toda ação ou toda manifestação de opinião consecutiva a um pensamento supõe a aquisição e a posse de um certo número de esquemas, motores ou representativos, que são adquiridos segundo um processo análogo. De onde resultam as afinidades profundas, e tão mal conhecidas, dos diversos procedimentos de expressão: palavra, desenho, ritmos, gestos. De onde resulta também a explicação do fato de que o homem, eterno aprendiz, tanto quanto a sociedade humana, ofereça, freqüentemente, o espetáculo de um retorno paradoxal a formas sumárias de expressão que são tomadas, indevidamente, por retornos ou regressões e que são, ao contrário, a prova de um acesso a formas originais de pensamento e de expressão”. (Francastel em “Espace génétique et espace plastique”, pp. 357-8)

As formas originais de pensamento e de expressão das quais Francastel trata na sua fala acima, foram retiradas do pensamento de Piaget. Jean Piaget discute sobre o espaço euclidiano e o espaço topológico. O espaço euclidiano é aquele dos objetos bem delineados. Já, o espaço topológico é a forma original de pensamento e expressão, construído de modo sensitivo-motor na infância, onde a imagem visual se constrói a partir de “correspondências qualitativas bicontínuas que recorrem aos conceitos de vizinhança e a de separação, de envolvimento e de ordem, etc., mas ignoram qualquer conservação das distâncias, assim como toda projetividade.” (PIAGET, 1948)

Para Francastel, o homem, constantemente, retorna ao espaço topológico para expressar de forma mais precisa estados e qualidades que ainda não são identificados pela memória como objetos. De tal forma, ao sentirmos uma sensação de inexplicabilidade de um estado qualquer, a situação indizível não vem das múltiplas e subjetivas interpretações, mas sim do fato de que aquele estado é tão preciso que só pode ser dito por ele mesmo.

Um exemplo desse retorno ao espaço topológico, segundo Pierre Francastel, é o Ballet Mécanique (1923), produção vanguardista de Léger (cinegrafista) e George Antheil (compositor) feita para o vídeo ser visto com a música tocada ao vivo (originalmente: 16 pianolas, 2 pianos, 3 xilofones, 7 sinos elétricos, 3 turbinas, uma sirene, 4 baterias e um tom-tom)

Lubambo.

Série Antropologia da Face Gloriosa de massinha (que só termina com o fim do carnaval) #2

10/12/2009

foto e boneco para oficina de fotografia.

No Dia 04/12  na 9ª MOSTRA DE IMAGENS EM MOVIMENTO no Cine Humberto Mauro foram reproduzidos 36 vídeos.

Dentre os 4 que mais gostei estavam conteúdos familiares, mas com formas fresquinhas com um ar de “agora deve funcionar” como:   use sempre camisinha, não jogue lixo na rua e  rio 2016. De tal forma que:

Se for beber, não dirija.


resultado das premiações da 9ª mostra de imagens em movimento: centrodeimagensdadesign.blogspot.com

Lubambo.

Com todos os dedos das duas mãos

08/12/2009

Depois da apresentação da dinâmica conferida ao olhar de uma de suas fotos, com a postagem da Lubambo, apareceu a minha imposição de dinâmica sobre as minhas fotos, apresentadas também para a Oficina de Fotografia, ministrada pela professora Anna Karina. O resultado ficou, digamos que, apreciável:

Hannah.

Série Antropologia da Face Gloriosa de Massinha (que só termina no fim do carnaval)#1

06/12/2009

foto tirada para trabalho de Oficina de Fotografia

Lantejoulas e miçangas e massa de modelar Acrilex. Não é audiovisual, mas o que acontece com as imagens quando as vemos?

Lubambo.

Videodança

02/12/2009

[narração: Bruna Lubambo e Hannah Serrat]

Que coisa bonita isso.

O olhar da câmera, o potencial coreográfico, essa vontade de aumentar os temas das molduras da obra (a videodança como linguagem reproduzível vista em qualquer tela) e essa vontade de aumentar os caminhos do ritmo, que delineia um pedaço de coisa (a videodança, por exemplo) separada de outras coisas parecidas. A linguagem de antes não tem forma suficiente agora. A linguagem de agora não se forma antes. Então, você pode inventar alguma coisa parecida com videodança agora.

Assista também:

. m3x3, o primeiro registro de videodança brasileiro, na íntegra.

. aprop, um dos trabalhos de videodança usado na montagem do vídeo produzido pelo Domést

Lubambo.

“_Você pode falar um pouco sobre interatividade pra gente?”

27/11/2009

“Com a imagem numérica interativa, a relação imagem-visão fixa é decomposta radicalmente. O espaço se abre e (também) uma série infinita de atualizações possíveis /…/” (Plaza)

A imagem diálogo é cada vez mais evidente com as novas mídias, já que tudo o que a gente apreende e projeta possui, agora, maior quantidade de “metáforas tecnológicas dos sentidos”*. (Lubambo)

*Marco Silva.

[O termo interatividade anda tão amplo…

…que resolvi fazer um esqueminha] :

Lubambo.

O tempo da cor

20/11/2009

Assim como a imagem pode ser trabalhada em conformidade com o estímulo sonoro, como visto em trabalhos de música visual, a cor pode trabalhar em conssonância com o movimento, dando ainda impulso a ele.

O vídeo faz parte da exposição Autocromos Lumiére, o tempo da cor, no Palácio das Artes, que fica aberta até 07 de Dezembro.

A possibilidade de poder visitá-la é incrível por ampliar a perspectiva sobre o trabalho dos renomados criadores do cinema, cujo trabalho transcende esse título e possibilita, através dos Autocromos, a fotografia a cor. Pode parecer apenas de caráter documental, então, a ida à exposição de antigos vídeos dos irmãos Lumiére que dialogam com as fotografias coloridas originadas nos Autocromos; mas vai muito além disso, para inserir-se num caráter incrivelmente artístico. Os autocromos trabalham a cor maravilhosamente e o vídeo divulgado aqui apenas adianta um pouco o gozo garantido pela possibilidade de presenciar.

Maiores informações sobre a exposição: http://www.fcs.mg.gov.br/agenda/1403,iautocromos-lumiere-o-tempo-da-cor-i.aspx

Hannah.

Música visual

20/11/2009

Buscando alcançar uma “materialidade” musical, a associação entre música e imagem sempre fez parte do nosso cotidiano, assim como a função atribuída à música de representar sentimentos humanos, ou seja, representar algo imaterial (sensações) através de algo também imaterial: o som. A interação com a imagem, é mais um meio de transformar a música em uma imagem dinâmica, em algo material.

O caráter comum fundamental para que essa combinação ocorra é o tempo, o qual rege a música e dita o ritmo de manifestações temporais como encenações, danças, rituais, entre outros. Essa simbiose nos deixa com a sensação de termos visto música e ouvido imagens. Livre e harmoniosa, uma sinestesia através da fusão de sentidos, nos fornece uma outra dimensão sensível, fazendo reconhecer (e reforçando) uma arte na outra, o que as liberta do lugar estático.

Júlia.

Orta ou alguém dançando (ou a dança da Gertrude)

“(…)  Ao fazer alguma coisa essa uma está sendo a uma fazendo aquela coisa. Ao fazer alguma coisa, a uma fazendo a coisa é a uma sendo uma fazendo aquela coisa. Esta uma é uma fazendo alguma coisa. Esta uma está sendo a uma fazendo a coisa. Essa uma está fazendo a coisa. Essa uma tem feito a coisa. Essa uma está dançando.

Significar aquela coisa, significar ser a uma fazendo aquela coisa é algo que a uma fazendo aquela coisa está fazendo. Significar fazer dança é a coisa que esta uma está fazendo. Esta uma está fazendo dança. Esta uma é a uma significando estar fazendo essa coisa que significa estar fazendo dança.

Esta uma é uma que tem estado fazendo a dança. Esta uma é uma fazendo dança. Esta uma é uma. Esta uma é uma fazendo essa coisa. Esta uma é uma fazendo dança. Esta uma é uma que tem estado significando estar fazendo dança. Esta uma é uma significando estar fazendo dança..”

(O que Gertrude Stein escreveu sobre a famosa dançarina norte -americana Isadora Duncan)

Participam da composição audiovisual: vj 1mpar e seu projeto Hol, Marina Rzhannikova ( Swan Lake Odette Variation) e Grupo Corpo (Onqotô).

A fala com o 1mpar foi cedida durante  o workshop ministrado por ele no Festival Eletronika de novas tendências musicais ( BH- 2009).

Lubambo.